terça-feira, 22 de novembro de 2011

As Cesarianas representam mais da metade dos partos no Brasil

 

Dados da pesquisa saúde Brasil do Ministério da Saúde, considerando rede pública e privada, revelam que em 2009, 50% dos partos realizados no país foram cesarinos. No Nordeste este índice é de 41,3%, mas varia conforme o tamanho do município, ficando as maiores taxas com os municípios acima de500 habitantes. Nos municípios de até 20 mil habitantes o indice é de 33,9%, no entanto ele não representa a realidade do alto-oeste do RN, onde o número de mulheres que se submetem a cesarianas é alarmante. Dados do DATASUS, a média de criaças nascidas por cirurgia é de 75%, contradizendo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde - OMS, que recomenda que a taxa de cirurgias cesarinas sejam de aproximadamente de 15% dos partos. esse dado era menor em anos anteriores mas voltou a crescer em 2010.
Para a subsecretaria de saúde do estado do RN, Dorinha Bulamarque, reconhece que a situação é crítica e foge do controle devido os hospitais regionais não disporem de medicos suficientes para formar escalas que atendam a demanda, ficando os hospitais regionais: Pau dos Ferros, Alexandria, Caraúbas e Apodi, entre uns dois mais, para responderem pelos nascimentos oestanos.
Segundo o Paulo Bernardino, técnico da URSAP - Mossoró - a falta de estrutura das pequenas cidades é fator preponderante para esses indicies continuarem crescendo. E diz, que "as gestantes agendam as cesarinas por fata de opção, com medo de não iniciarem o trabalho de parto e não ter médico nos plantões dos pequenos hospitais".
Comparando a media de crianças nascidas em outros países por tipos de partos temos: Chile: 40%, México: 34%, EUA 26%, Holanda: 14%.
Com relaão a esa situação, o que existe de concreto no RN, em termos de melhorias, são os encontros para buscar alternativas, tanto em ambito central quanto regional, capacitação de profissionais e o Governo federal vem ampliando vários centros de cuidados a mães e bebes, e a  criação de mais 20 centros de Parto Normal até 2014, visto que existem algumas experiências exitosas com esse tipo de assistência em outros países e no Brasil.

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