domingo, 11 de abril de 2010

Campanha em favor da leitura...

Ler - um ato de preencher o tempo e a mente com qualidade...
Ler é uma das atividades mais antigas da humanidade. A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta.

A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. Portanto, é necessário que o leitor se concentre na leitura para não fazer conclusões errôneas do contexto lido..."cada um lê com os olhos que tem..."E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. Vamos ler e passar esse exemplo para as crianãs e adolescentes ao nosso redor, pois é lendo que formamos a nossa opinião a cerca das coisas e fatos que nos rodeiam. E é lendo que aprendemos muitas coisas que serivão de base para a nossa formação intelectual, espiritual filosofica. a leitura também é um dos melhores exercício para esimular o cerebro e deixar a mente ativa, isso é saúde mental na certa, isso é qualidade de vida!
O livro ilustrado acima, de Clarece Lispector, tem uma mensagem muto interessante!
Publicado pela primeira vez em 1971, Felicidade clandestina reúne 25 contos que falam de infância, adolescência e família, mas relatam, acima de tudo, as angústias da alma. Como é comum na obra de Clarice Lispector, a descrição dos ambientes e das personagens perde importância para a revelação de sentimentos mais profundos. "Felicidade clandestina" é o nome do primeiro conto. Como em muitos outros, é narrado na primeira pessoa, e mostra que o prazer da leitura é solitário e, quando difícil de ser conquistado, torna-se ainda maior. O conto narra a crueldade da filha do dono de uma livraria que se recusa a emprestar As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, até que a intervenção da mãe da menina permite à narradora deliciar-se, vagarosamente, com a posse do livro. A história, como outras do livro, acontece no Recife, onde a autora passou sua infância.
A dificuldade de se relacionar está presente em todos os contos. Em "Uma amizade sincera", dois amigos quanto mais se aproximam fisicamente, mais distantes ficam; em "Miopia progressiva", sobre a expectativa de um garoto em passar o dia na casa da prima mais velha e a decepção quando, enfim, chega o grande dia e nada de especial acontece. Solidão e morte também estão presentes no melancólico "O grande passeio", sobre a velhinha solitária com quem ninguém quer ficar; "A legião estrangeira" fala das visitas, dos conselhos e do silêncio da menina Ofélia; e "Os obedientes", da insuportável simetria do casamento. O cotidiano da vida familiar também faz parte da coletânea, em "Uma esperança" e "Macacos", nos quais as relações dos humanos com os animais servem para a autora falar dos mistérios da vida e da morte.
"Os desastres de Sofia" é um dos mais belos contos e trata da relação de amor e ódio de uma menina de nove anos e seu professor. Outro grande exemplo das dificuldades de relacionamento é "A mensagem", sobre dois estudantes, que tentam não se ver como homem e mulher. Só quando ela vai embora é que o rapaz percebe que já é um homem e vê a colega como uma mulher. A descoberta do sexo também é tema da última história, "O primeiro beijo", em que um estudante descobre a mulher após "beijar" os lábios de uma estátua. Entre os 25 contos de Felicidade clandestina, há textos originalmente publicados em jornal e outros que faziam parte do livro A legião estrangeira. A maioria trata de recordações familiares e de infância, mas todos testemunham os mais profundos segredos da alma humana. Vale a pena LER!