As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o País existam mais de três mil comunidades quilombolas.
Os levantamentos mais recentes realizados por pesquisadores e militantes de organizações não governamentais indicam a existência de algo em torno de 500 comunidades quilombolas na Bahia. Segundo Elias Sampaio, secretário estadual de Promoção da Igualdade, a situação dos quilombolas baianos, apesar de está sendo assistida pelo estado, ainda carece de muitos cuidados.
“Já conseguimos certificar 380 comunidades no estado, o que as torna passíveis de receber os benefícios das políticas públicas voltadas para os quilombolas. Já levamos para algumas comunidades poços de água e outras formas de recursos hídricos, além de incluí-las nos programas de apoio a agricultura familiar”, conta Elias Sampaio. Ele informa ainda que algumas comunidades estão recebendo trabalhos de infra-estrutura e que a assistência aos quilombolas está mobilizando diversas secretarias.
Anemia Falciforme
Causada por uma deformação na membrana dos glóbulos vermelhos do sangue, originada nas populações da África há milhões de anos, a anemia falciforme, é comumente ligada a afro-descendentes, mas os especialistas alertam que o risco de contrair a doença pode ser grande também para os brancos, devido a miscigenação. Na Bahia, pelo grande número de afro-descendentes, a doença atinge uma criança a cada 650 nascidas vivas, e uma pessoa em cada 17 tem o traço da doença (um dos genes para a hemoglobina S).
A anemia ocorre em razão da ruptura fácil da membrana alterada, que adquire o formato de foice. Os sintomas mais frequentes da doença são anemia, identificada pelo hemograma; crises repetidas de dores pelo corpo, associadas ou não a inchaço ou vermelhidão da área afetada; risco aumentado de infecções bacterianas graves, pela baixa imunidade dos pacientes; quadro anêmico agudo com necessidade de transfusão de glóbulos vermelhos; acidente vascular cerebral; síndrome torácica aguda e priapismo (ereção persistente).
O teste do pezinho é a principal forma de detecção da doença, permitindo o diagnóstico precoce, dando início ao acompanhamento com hematologista e medidas preventivas.
Fonte: Tribuna da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário