terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Programa de Telemedicina da Sesap chega a 500 mil diagnósticos e torna-se referência no país

Implantado há quatro anos, o Programa de Telemedicina da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) chegou à marca dos 300 mil exames de eletrocardiogramas realizados e mais de 500 mil diagnósticos em cardiologia. Os números são considerados um excelente desempenho para o combate às doenças do coração, tendo em vista que o estado do Rio Grande do Norte registrou no período, nas oito regiões de saúde, mais de 13.700 ocorrências de infartos. O RN foi o primeiro estado a implantar o programa como política assistencial de saúde, sendo hoje considerada, pelo Ministério da Saúde, como uma referência no serviço para todo o país.

A Tele eletrocardiograma atua via telefonia fixa, móvel e internet, alcançando as zonas rurais e urbanas das cidades, nas Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Estratégia de Saúde da Família – PSF, Unidades de Pronto-Atendimento – UPAS’s e hospitais estaduais, municipais e filantrópicos. Os exames são solicitados nas consultas médicas, realizados em 300 aparelhos eletrocardiógrafos e transmitidos para a Central de Telemedicina nas cidades de São Paulo/SP e Uberlândia/MG, onde os médicos especialistas interpretam e emitem os diagnósticos através de laudos, como também fornecem a segunda opinião médica, por meio virtual. Os resultados dos eletrocardiogramas retornam em até 15 minutos para urgência e 30 minutos para o paciente eletivo.

Para o coordenador do Programa de Telemedicina no RN, Carlos Eduardo de Albuquerque Costa, a Telemedicina representa um grande avanço na assistência cardiológica do Estado, contabilizando resultados positivos para todo o Sistema Único de Saúde, tendo em vista ser impossível ter um cardiologista em cada município do Estado.  “O eletrocardiograma necessita de um especialista para interpretá-lo, por isso o Programa de Telemedicina tem se tornado num importante suporte para cobrir locais sem a presença desse profissional”, justifica ele.

Atualmente, o programa está focado nas Unidades de Estratégia de Saúde da Família – UESF, localizadas na zona rural dos municípios e áreas remotas, onde não há telefonia fixa e é utilizado o sinal de telefonia móvel para prover a assistência a essa população. O sistema funciona 24 horas em todos os dias da semana.

No período de quatro anos de funcionamento já foram realizados 300.239 exames, com 512.656 diagnósticos em cardiologia, sendo 13.737 Infartos, 4.970 Arritmias Supraventriculares, 7.896 Taquicardias Supraventriculares, 230 Taquicardias Ventriculares, 7.778 Arritmias Ventriculares, 45.779 Condução IV (Bloqueios de ramo), 2.835 Sobrecargas atriais e ventriculares, 46429 Repolarizações, 843 pacientes com Marcapasso, entre outros, em 237 pontos assistenciais de saúde – UBS, UESF, UPA e Hospitais.

Procedimentos de baixo custo

Segundo Carlos Eduardo de Albuquerque, o custo dos procedimentos é considerado muito baixo para o sistema. A Tabela SUS para uma consulta especializada com exame de eletrocardiograma é de R$ 15,50 (quinze reis e cinquenta centavos), mas o programa remunera R$ 9,44 (nove reais e quarenta e quatro centavos). “Existe demanda na população SUS-RN, que corresponde há 3.408.510 habitantes e, através da telemedicina, conseguimos ter um cardiologista para cada habitante de forma virtual. Estamos minimizando as dores, sofrimentos e sequelas dos usuários do SUS-RN, seja o mais ou menos abastado, que possua ou não plano de saúde; chegou às nossas portas, atendemos”, garante o coordenador.

É simples ter acesso ao Telemedicina

O Programa funciona de forma simples. “Basta uma linha telefônica convencional ou aparelho celular para enviar o exame por meio de sinais sonoros a uma Central da Telemedicina” – a Central decodifica a transmissão gravada em um banco de dados (prontuário eletrônico) e imediatamente a equipe médica de plantão analisa o eletrocardiograma enviado pelo médico.

“Atendemos aquele paciente que busca a UBS, UESF, UPA ou um hospital com queixa de dor precordial, alguma queixa de dor no peito e que dentro dos protocolos da área de cardiologia permite a realização de um eletrocardiograma. Atendemos também a pacientes que necessitam de risco cirúrgico cardiológico para a realização de um procedimento cirúrgico eletivo”, expli.
  
Fonte: Assessoria de Comunicação - ASCOM/SESAP RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário