O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são:
Leucemia
É o tipo mais comum e representa 34% de todos os tipos de câncer infantil. Acomete a medula óssea, pode causar dor nos ossos e articulações e fadiga. Os subtipos mais frequentes da doença são leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia mieloide aguda (LMA).
Tumores do Sistema Nervoso Central
Sendo o segundo tipo mais comum em crianças, eles representam 27% dos cânceres infantis. A maioria dos tumores do sistema nervoso central, em crianças, tem como sintomas dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos.
Neuroblastoma
É um tumor sólido de origem no sistema nervoso simpático, com principal localização no abdome. Representa cerca de 7% dos cânceres infantis. Ocorre em bebês e em crianças pequenas, raramente sendo diagnosticado em crianças com mais de 10 anos. Em geral seus sintomas são: aumento do
volume abdominal, dor nos ossos e febre.
Outros tipos
Linfomas (4% dos casos), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (afetando a retina), tumor germinativo (acometendo as células que darão origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo), entre outros.
Os riscos são grandes?
No Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes. Os dados do INCA estimam que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer no Brasil por ano, entre 2016 e 2017.
Diagnóstico
De acordo com a Dra. Flavia Vasconcellos, não existe um único exame capaz de diagnosticar câncer infantil. A combinação de uma boa história clínica com exame físico detalhado e exames complementares pode identificar a doença. “Tudo começa com a suspeição do diagnóstico. Os pais devem ficar atentos a problemas que não são resolvidos e procurar o pediatra em caso de dúvida”, recomendou ela.
Segundo a oncologista pediátrica, os cânceres infantis, quando no início, podem ser facilmente confundidos com patologias comuns benignas. “Se o problema não some, ou evolui mesmo com o tratamento instituído, é bom ficar alerta”, recomendou.
Tratamento
O tratamento do câncer infantil é baseado no diagnóstico e extensão da doença, por isso é individualizado para cada criança. A maioria dos cânceres é tratada com quimioterapia. Geralmente, também são necessários tratamentos por radioterapia, cirurgia, ou a combinação de tratamentos.
“Nos últimos 40 anos, houve grande avanço no tratamento do câncer infantil. Modernos métodos diagnósticos e terapêuticos, mais precisos e menos invasivos, estudos de oncogenética e biologia molecular, além da assistência de qualidade em onco-hematologia pediátrica, aumentam não só a cura como a boa qualidade de vida após o tratamento”, explica a especialista, valorizando a estrutura presente no Americas Oncologia.
De acordo com a Dra. Flavia, em centros de excelência, as chances de cura podem chegar a mais de 80%. “No Americas Oncologia, contamos com uma equipe multiprofissional empenhada no cuidado, não só da criança mas também dos pais, dos irmãos, dos avós, enfim, de toda família, que também é essencial neste processo”, concluiu a especialista.
Fontes: INCA / Instituto Oncoguia, http://www.fenatracoop.com.br
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